A avaliação do ex-oficial destaca as negociações em curso entre o governo sírio e grupos curdos, principalmente as Forças Democráticas Sírias (FDS), que controlam uma porção significativa do nordeste da Síria. Essas discussões, que visam integrar as FDS ao exército sírio, são complicadas por questões de autonomia, controle regional e a presença de forças estrangeiras, particularmente os Estados Unidos.
"A integração das forças curdas ao exército sírio não é simplesmente uma questão militar; está profundamente entrelaçada com considerações políticas e sociais", disse o ex-oficial. "Os curdos buscam garantias em relação aos seus direitos culturais e administrativos dentro de uma Síria unificada, enquanto o governo sírio visa reafirmar sua soberania sobre todo o país."
A situação é ainda mais complicada pelo envolvimento de vários atores internacionais, cada um com seus próprios interesses estratégicos na região. A Turquia, por exemplo, vê as FDS como uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização terrorista designada, e conduziu operações militares contra as forças curdas na Síria.
A potencial integração das forças curdas ao exército sírio tem implicações significativas para a estabilidade regional e a luta contra os elementos remanescentes do ISIS. Um exército sírio unificado, incorporando combatentes curdos experientes, poderia ser mais eficaz no combate ao terrorismo e na segurança das fronteiras do país. No entanto, o fracasso em chegar a um acordo pode levar a um conflito renovado e maior instabilidade.
Atualmente, as negociações entre o governo sírio e representantes curdos estão em andamento, com ambos os lados expressando vontade de encontrar uma solução mutuamente aceitável. O prazo de 26 de dezembro de 2025 serve como um ponto focal para essas discussões, mas se um acordo pode ser alcançado até lá, ainda está para ser visto. O áudio das declarações do oficial estará disponível ainda hoje.
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