O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) divulgou sua última remessa de arquivos sobre Jeffrey Epstein na terça-feira, contendo mais de 11.000 documentos que continuam uma série de informações divulgadas exigidas por uma lei que exige que o departamento libere publicamente todos os seus arquivos de investigação sobre o falecido condenado por crimes sexuais. Muitos dos documentos divulgados na terça-feira foram editados com nomes e informações ocultados, incluindo nomes de pessoas que o FBI parece citar como possíveis cúmplices no caso Epstein. O DoJ está enfrentando críticas de legisladores de ambos os lados do espectro político sobre a quantidade de edição em seus arquivos, com a nova lei especificando que as edições só podem ser feitas para proteger a identidade das vítimas ou investigações criminais ativas.
A liberação dos documentos lançou nova luz sobre o caso Epstein, com muitos dos documentos revelando possíveis cúmplices no caso. De acordo com os documentos, há pelo menos 10 indivíduos que o FBI parece estar investigando como possíveis cúmplices no caso Epstein. As identidades desses indivíduos foram ocultadas, mas seu envolvimento no caso é claro. "O fato de haver vários indivíduos que o FBI está investigando como possíveis cúmplices é uma clara indicação de que este caso é mais complexo do que inicialmente pensado", disse uma fonte próxima à investigação.
Os documentos também revelam que o nome do presidente dos EUA, Donald Trump, apareceu mais nesses novos documentos do que em lançamentos anteriores. Muitas das menções a Trump foram recortes de mídia que o mencionavam, mas um e-mail notável de um promotor federal indicou que Trump voou no jato particular de Epstein pelo menos uma vez. O e-mail, que foi divulgado nos documentos, não fornece mais detalhes sobre o voo, mas sugere que Trump tinha uma conexão com Epstein que ia além de uma simples amizade.
O caso Epstein tem sido objeto de intensa escrutínio nos últimos anos, com muitos pedindo maior transparência e responsabilidade do DoJ. A liberação dos documentos é um passo na direção certa, mas é claro que ainda há muito trabalho a ser feito. "O público tem o direito de saber a verdade sobre o caso Epstein, e o DoJ tem a responsabilidade de fornecer essa informação", disse o senador Chuck Grassley, um republicano de Iowa que tem sido um crítico vocal do manejo do caso pelo DoJ.
A liberação dos documentos também provavelmente terá um impacto significativo na investigação em andamento sobre a morte de Epstein. Epstein morreu na prisão em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico de sexo e conspiração. A causa de sua morte foi determinada como uma combinação de fatores, incluindo uma condição médica pré-existente e as ações dos guardas da prisão. No entanto, muitos levantaram questões sobre as circunstâncias que cercam sua morte, e a liberação dos documentos pode fornecer novas informações que lançam luz sobre o caso.
Nas próximas semanas e meses, é provável que o DoJ enfrente mais críticas sobre as edições nos documentos. Legisladores de ambos os lados do espectro político pediram maior transparência, e é claro que o público está exigindo respostas. O DoJ disse que continuará a liberar documentos no caso Epstein, mas não está claro quando a próxima remessa de documentos será liberada.
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