A pressão do Secretário de Saúde Robert F. Kennedy Jr. para reavaliar o calendário de vacinação infantil dos EUA, potencialmente alinhando-o com países como a Dinamarca, gerou debate entre especialistas em saúde. No início deste mês, o Presidente Trump emitiu um memorando instruindo Kennedy e o diretor interino do CDC a examinar e, potencialmente, adotar as recomendações de vacinação infantil de países pares, com menção específica à Dinamarca. Esta diretiva levantou questões sobre a viabilidade e adequação de espelhar diretamente a política de vacinação de outro país nos Estados Unidos.
O memorando do Presidente sugere uma possível redução no número de vacinas e doenças visadas no calendário de imunização infantil dos EUA. Kennedy, um crítico de longa data das vacinas, manifestou preocupações de que as crianças americanas recebam vacinas em excesso.
No entanto, os críticos argumentam que os EUA não podem simplesmente adotar o calendário de vacinação de outro país devido a diferenças significativas na demografia da população e nos riscos para a saúde. "É como tentar encaixar uma peça quadrada num buraco redondo quando o nosso objetivo é prevenir doenças", disse Josh Michaud, diretor associado de saúde global e pública.
A Dinamarca, um país do norte da Europa com uma população de aproximadamente 6 milhões de habitantes, tem sido citada como um modelo potencial. A razão por trás da consideração da política da Dinamarca decorre do desejo de potencialmente reduzir o número de vacinas administradas a crianças.
O debate centra-se em saber se um calendário de vacinação concebido para a população específica da Dinamarca e a prevalência de doenças é adequado para os EUA, um país com uma população muito maior e mais diversificada, e com diferentes desafios regionais de saúde. Os especialistas enfatizam que os calendários de vacinação são adaptados para abordar os riscos e vulnerabilidades específicos de doenças dentro de uma determinada população.
O CDC está atualmente a rever o calendário de vacinação infantil dos EUA existente à luz do memorando do Presidente. O diretor interino do CDC trabalhará com Kennedy para avaliar os potenciais benefícios e desvantagens de alinhar a política dos EUA com a de países como a Dinamarca. Espera-se que o processo de revisão envolva consultas com uma variedade de especialistas, incluindo pediatras, epidemiologistas e funcionários de saúde pública. O resultado desta revisão poderá levar a mudanças significativas no calendário de vacinação recomendado para crianças nos Estados Unidos.
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