O Presidente Volodymyr Zelensky da Ucrânia tem agendada uma reunião com o ex-Presidente Donald Trump em Mar-a-Lago no domingo, onde apresentará um plano de paz revisto de 20 pontos, com o objetivo de resolver o conflito em curso com a Rússia. A proposta, elaborada através de negociações entre funcionários ucranianos e norte-americanos, aborda um espectro de questões críticas, nomeadamente as garantias de segurança solicitadas por Kyiv para dissuadir futuras agressões russas.
Zelensky reconheceu o surgimento de dois pontos de discórdia significativos nas discussões entre Washington e Kyiv: o futuro estatuto da região de Donbas, no leste da Ucrânia, e o controlo da Central Nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia. Espera-se que estas questões sejam centrais nas discussões entre Zelensky e Trump na propriedade de Palm Beach, na Florida. Os dois líderes também planeiam realizar uma chamada com líderes europeus, com muitos dos quais Zelensky já falou.
"Estes são alguns dos dias diplomáticos mais ativos do ano e muito pode ser decidido antes do Ano Novo", disse Zelensky no domingo, enfatizando a urgência da situação. "Se as decisões serão tomadas depende dos nossos parceiros", acrescentou, "aqueles que ajudam a Ucrânia e aqueles que pressionam a Rússia."
O conflito na Ucrânia, que começou com a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022, teve profundas ramificações globais, impactando os mercados de energia, a segurança alimentar e as relações internacionais. A região de Donbas, com a sua complexa mistura de populações ucranianas e de língua russa, tem sido um ponto focal de conflito desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e apoiou separatistas na região. A Central Nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, está sob controlo russo desde março de 2022, levantando preocupações sobre a segurança nuclear.
A reunião ocorre num contexto de mudanças nas dinâmicas geopolíticas, com diferentes perspetivas entre os atores internacionais sobre como resolver o conflito. Enquanto muitas nações ocidentais forneceram ajuda militar e financeira substancial à Ucrânia, outras apelaram a uma solução negociada, refletindo diversos interesses estratégicos e laços históricos. A União Europeia, por exemplo, tem procurado equilibrar o seu apoio à Ucrânia com os esforços para manter o diálogo com a Rússia, dada a sua dependência dos fornecimentos de energia russos.
O resultado da reunião entre Zelensky e Trump permanece incerto, mas sublinha os esforços contínuos para encontrar uma solução diplomática para a guerra na Ucrânia. Espera-se que as discussões influenciem futuras negociações e moldem a abordagem da comunidade internacional ao conflito.
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