Eleitores em Myanmar votaram no domingo em uma eleição geral amplamente vista como encenada pela junta militar que tomou o poder em um golpe de 2021. A eleição, a primeira desde o golpe, era esperada para solidificar o controle dos militares, apesar de alguns cidadãos expressarem o desejo de mudança.
A participação pareceu menor do que nas eleições de 2020 e 2015, particularmente em grandes cidades como Yangon e Mandalay. Esse declínio refletiu o ceticismo generalizado sobre o potencial da eleição para trazer mudanças significativas. "Eu não acredito que esta eleição realmente mudará as coisas, mas vim mesmo assim para evitar problemas", disse Sandy Chit, uma vendedora de cosméticos de 34 anos em Mandalay. "Muitas pessoas aqui estão votando por medo, não por esperança."
Os militares dominaram o governo de Myanmar durante grande parte de sua história pós-independência. Um breve período de transição democrática começou por volta de 2010, quando os militares cederam alguma autoridade a um governo civil liderado por Daw Aung San Suu Kyi. No entanto, esse período terminou com o golpe de 2021.
Apesar do pessimismo predominante, alguns partidos optaram por participar da eleição. "Temos que fazer alguma coisa", disse Nant Khin Aye Oo, presidente do Kayin Peoples Party, um dos poucos partidos não proibidos de apresentar candidatos. "Não podemos mais viver sob isso."
Os resultados da eleição são previstos para os próximos dias. A junta militar deve permanecer no poder, continuando a instabilidade política do país.
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