A jornalista ambiental Tatiana Schlossberg, neta do falecido presidente John F. Kennedy, morreu na terça-feira, aos 35 anos, após uma batalha contra a leucemia. A Fundação Biblioteca John F. Kennedy anunciou sua morte em um comunicado publicado nas redes sociais, dizendo: "Nossa linda Tatiana faleceu esta manhã. Ela estará sempre em nossos corações." A declaração não especificou o local de sua morte.
Schlossberg revelou seu diagnóstico de leucemia mieloide aguda (LMA) em um ensaio de novembro de 2025 publicado na The New Yorker. Ela foi diagnosticada em maio de 2024, aos 34 anos, logo após o nascimento de seu segundo filho, quando um médico notou uma contagem elevada de glóbulos brancos.
A LMA é um câncer do sangue e da medula óssea, caracterizado pelo rápido crescimento de glóbulos brancos anormais que interferem na produção de células sanguíneas normais. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, a LMA é relativamente rara, com cerca de 20.000 novos casos diagnosticados a cada ano nos Estados Unidos. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em adultos mais velhos.
Em seu ensaio, intitulado "A Battle With My Blood" (Uma Batalha Com Meu Sangue, em tradução livre), Schlossberg detalhou sua experiência ao se submeter a várias rodadas de quimioterapia, dois transplantes de células-tronco e participação em ensaios clínicos. Ela escreveu que sua LMA tinha uma mutação rara, tipicamente vista em indivíduos mais velhos. Ela relatou uma conversa com seu médico durante seu ensaio clínico mais recente, onde foi informada de que o tratamento poderia potencialmente prolongar sua vida por cerca de um ano.
O Dr. Mikkael Sekeres, hematologista da Cleveland Clinic, explicou que a LMA com mutações raras pode ser particularmente difícil de tratar. "Essas mutações podem afetar o quão bem as células da leucemia respondem à quimioterapia padrão", disse ele. "Os transplantes de células-tronco podem ser curativos em alguns casos, mas a taxa de sucesso depende de vários fatores, incluindo a saúde geral do paciente e as mutações genéticas específicas envolvidas."
Caroline Kennedy, mãe de Schlossberg, e Edwin Schlossberg, seu pai, ainda não divulgaram declarações individuais.
A notícia da morte de Schlossberg provocou uma onda de tristeza e homenagens nas redes sociais, com muitos lembrando suas contribuições ao jornalismo ambiental e sua defesa da ação climática. Seu trabalho frequentemente se concentrava na interseção entre mudanças climáticas e saúde pública.
A família Kennedy passou por inúmeras tragédias ao longo de sua história. A morte de Schlossberg marca mais uma perda para a proeminente família americana. Mais detalhes sobre os serviços memoriais não estavam disponíveis imediatamente.
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