Cisco e Amazon estão priorizando a atitude em detrimento da aptidão em suas estratégias de contratação e promoção, sinalizando uma possível mudança na forma como as empresas valorizam os funcionários na força de trabalho moderna. A chefe da Cisco no Reino Unido, Sarah Walker, enfatizou que uma atitude positiva, engajamento e energia são as principais características que ela busca em candidatos, superando até mesmo habilidades e experiência, especialmente para aqueles no início de suas carreiras. O CEO da Amazon, Andy Jassy, ecoou esse sentimento, destacando a importância de uma boa atitude e entusiasmo pelo sucesso.
Walker, que passou 25 anos na BT, uma marca tradicional de 17,7 bilhões, acredita que essas qualidades são impossíveis de ensinar e cruciais para promover um ambiente de trabalho produtivo. Seu foco na atitude reflete uma tendência mais ampla de empresas que buscam funcionários que possam se adaptar a funções em evolução e contribuir para uma cultura empresarial positiva.
Essa ênfase nas habilidades interpessoais tem implicações significativas para o mercado de trabalho. Embora as habilidades técnicas permaneçam essenciais, a capacidade de colaborar, comunicar-se eficazmente e manter uma perspectiva positiva está se tornando cada vez mais valiosa. Essa mudança pode impactar a forma como as instituições de ensino preparam os alunos para o mercado de trabalho, levando potencialmente a um maior foco no desenvolvimento da inteligência emocional e das habilidades interpessoais, juntamente com a expertise técnica.
A Cisco, um conglomerado multinacional de tecnologia, tem se adaptado estrategicamente ao cenário em mudança da indústria de TI. O foco da empresa em contratar indivíduos com a atitude certa está alinhado com seus esforços mais amplos para promover a inovação e a agilidade. A Amazon, conhecida por sua abordagem centrada no cliente, provavelmente prioriza a atitude para garantir que os funcionários estejam motivados a oferecer um serviço excepcional e contribuir para a cultura dinâmica da empresa.
Olhando para o futuro, essa tendência pode remodelar o cenário de aquisição de talentos, com as empresas dependendo cada vez mais de ferramentas baseadas em IA para avaliar as habilidades interpessoais e a adequação cultural dos candidatos. Essas ferramentas podem analisar entrevistas em vídeo, atividades em redes sociais e até mesmo padrões de comunicação para identificar indivíduos que possuem as características desejadas. No entanto, as considerações éticas em torno do uso da IA na contratação, como o potencial de viés e as preocupações com a privacidade, precisarão de uma análise cuidadosa à medida que essa tendência continua a evoluir. O impacto a longo prazo no desenvolvimento dos funcionários e o equilíbrio entre habilidades técnicas e habilidades interpessoais serão áreas críticas a serem observadas, à medida que empresas como Cisco e Amazon lideram o caminho na priorização da atitude no local de trabalho.
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