Moradores de Saint-Tropez, França, reuniram-se em frente à casa de Brigitte Bardot na segunda-feira para homenagear a atriz, um dia após sua morte aos 91 anos. A atriz que se tornou agitadora de extrema-direita, conhecida por seus papéis icônicos em filmes como "E Deus Criou a Mulher", será enterrada em um cemitério à beira-mar perto da cidade do sul, de acordo com autoridades locais.
A morte de Bardot marca o fim de uma era para o cinema francês, embora suas posições políticas posteriores tenham frequentemente ofuscado suas conquistas anteriores. "Ela era uma figura complicada, para dizer o mínimo", comentou o crítico de cinema Jean-Pierre Dubois. "Seu impacto na moda e no cinema é inegável, mas suas opiniões controversas a tornaram uma personalidade divisiva."
Bardot alcançou fama internacional nas décadas de 1950 e 60, tornando-se um símbolo da sensualidade e rebelião francesa. Sua influência se estendeu além das telas de cinema, impactando tendências da moda e desafiando normas sociais. Mais tarde, tornou-se uma ativista dos direitos dos animais, mas também atraiu críticas por sua retórica anti-imigração e anti-islâmica, resultando em múltiplas condenações por incitar o ódio racial.
A homenagem em Saint-Tropez atraiu uma multidão mista, com alguns participantes expressando admiração por suas contribuições cinematográficas e outros manifestando desaprovação de suas opiniões políticas. "Ela era uma lenda, independentemente de suas opiniões", disse uma moradora local, Marie Dubois. "Seus filmes vão continuar vivos."
Espera-se que o enterro ocorra ainda esta semana, com uma cerimônia privada para familiares e amigos próximos. O cemitério à beira-mar é um local de descanso final adequado para a atriz, que passou grande parte de sua vida na cidade costeira. Embora o legado de Bardot permaneça complexo e controverso, seu impacto na cultura francesa é inegável, deixando para trás um corpo de trabalho que continua a ser debatido e analisado.
Discussion
Join the conversation
Be the first to comment